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Como as baleias ajudam a salvar o planeta?

Autor: Ygor Brito/ Projeto Amigos da Jubarte


Quando pensamos nas baleias, é comum lembrarmos de seu tamanho grandioso, da beleza e dos diversos estudos que revelam quão inteligentes esses animais podem ser no ecossistema marinho. Porém, o que talvez seja surpresa para muita gente, é a enorme capacidade que essas gigantes dos oceanos têm de ser aliadas fundamentais na luta contra o aquecimento dos oceanos e as mudanças climáticas.


Spoiler: elas são também peças-chave para o ar que nós, seres humanos, respiramos todos os dias.



Segundo um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI), somente uma baleia pode capturar, em média, aproximadamente 33 toneladas de dióxido de carbono ao longo de seu período de vida, que pode durar décadas. De certo modo, mas não único, as baleias acumulam carbono em seus corpos ao se alimentarem de grandes quantidades de presas, como o krill. Um carvalho-vivo, que é uma das espécies de árvores mais eficientes na captura de carbono, por exemplo, consegue participar da captura de cerca de 12 toneladas de dióxido de carbono ao longo de uma vida útil máxima de 500 anos.


O ponto é que, quando morrem, essas gigantes dos oceanos não liberam esse carbono de volta na atmosfera. Em vez disso, afundam no oceano, onde seus corpos permanecem, sequestrando carbono por séculos.


O cocô das baleias e o oxigênio que respiramos


Além do sequestro direto de carbono, as baleias desempenham um papel vital na vida dos próprios seres humanos: a produção de oxigênio. E isso acontece de uma forma um tanto diferente: através de suas fezes. Isso mesmo, você não leu errado. Acontece que o cocô das baleias é extremamente rico em nutrientes, como ferro e nitrogênio, e que fertilizam os oceanos por onde passam, durante as longas migrações, e servem de alimento e fator de crescimento e multiplicação para os pequenos fitoplânctons.


Invisíveis a olho nu, os fitoplânctons podem ser chamados de verdadeiras usinas biológicas. Através da fotossíntese, processo que utiliza a luz do sol e o gás carbônico para produzir energia e oxigênio, esses pequeninos são responsáveis por liberar até 50% do oxigênio que respiramos. Além disso, os fitoplânctons ajudam a capturar cerca de 37 bilhões de toneladas de CO2 por ano.


Então, alimentando-se em águas profundas e defecando em águas superficiais, as baleias acabam criando um ciclo nutritivo que estimula a proliferação do fitoplâncton. Ou seja: mais baleias significa mais fitoplâncton, e mais fitoplâncton significa mais oxigênio e menos carbono na atmosfera.


De certo modo, os estudos revelam o que já deveria ser regra: proteger as baleias não é apenas uma questão de conservação animal, mas também uma estratégia de melhoria climática. Em vez de depender exclusivamente de tecnologias caras e complexas para a remoção do carbono da nossa atmosfera, temos, na própria natureza, uma solução eficiente.




 

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Para aqueles que tem interesse em ver as baleias em Vitória, Niterói ou Caravelas em 2025, é só entrar no site do Projeto Amigos da Jubarte pelo link: www.queroverbaleia.com

 

 


O Projeto Amigos da Jubarte é uma realização do Instituto O Canal em parceria com a Vale, patrocínio do Banestes e apoio da UFES e da agência de turismo AVES.


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